Olá, sou a Noeli Conte Rigotti e, apesar de sempre ter tido muito gosto por viagens, foi depois que me aposentei como professora é que consegui realizar grande parte dos meus projetos de sair mundo afora e conhecer o que os meus olhos só tinham visto em fotos e vídeos. Asseguro para você: viajar renova a vida da gente, dá sentido à nossa existência porque a possibilidade de conhecer outras paisagens, outras pessoas e outros costumes gera memórias que parece que a vida cobra da gente. Então, pra mim, viajar é preencher uma vontade de ampliar a compreensão da humanidade e do mundo.

As primeiras viagens que fiz foi o que normalmente fazem aqueles que tem sede de conhecer as coisas. Fui para vários lugares, sempre viajando de avião e também fiz um cruzeiro, então a viagem para Machu Picchu foi a primeira experiência terrestre. Fomos em seis pessoas daqui de Viadutos, a cidade onde moro. Seis mulheres. Com exceção da Claudia, todas já tinham viajado para o exterior antes. E se você me perguntar sobre expectativa e realidade, eu garanto que superou muito as nossas expectativas, primeiro porque passar 17 dias viajando nos aproxima das pessoas. E não falo somente dos outros turistas que estavam conosco. Nos aproximamos também da equipe da Spazzínitur. Guias e motoristas se transformaram em amigos, pela atenção que nos dedicaram. O atendimento é mesmo Vip e o tempo todo a gente percebia que eles tinham uma grande preocupação com o nosso conforto e bem-estar, se prontificando a resolver problemas, encontrar soluções e garantir que a gente aproveitasse ao máximo a viagem. Outro detalhe que preciso destacar é a qualidade dos hotéis oferecidos no pacote e as atividades que foram programadas.

Dito isso, quero falar, também, da viagem em si. A gente já sabia que percorrer Argentina, Chile, Bolívia e Peru iria nos proporcionar uma experiência completamente diferente das que já tínhamos vivido, mas a realidade superou as expectativas. Primeiro pelo contraste entre a nossa cultura e a cultura latina, segundo, pelas paisagens e maravilhas naturais que são tão diferentes do nosso país, apesar de sermos Continentais e, terceiro, pelas manifestações da arte, culinária, artesanato, musica, folclore, valores e modo de vida destes povos. Degustar um jantar típico, passear com nativos pelos lagos chilenos ou ir a um show folclórico boliviano, conhecer melhor os nossos irmãos das Américas nos dá um sentido de pertencimento, provoca uma identificação só possível entre os que, embora falando outra língua e tendo outras origens remotas, são todos povos colonizados e tem muito em comum.

Um detalhe que considero importante mencionar é a dificuldade da gente se habituar à altitude. A gente sente um cansaço enorme, mas até nisso a viagem de ônibus ajudou, porque depois de dias de passeio e muitas atividades, o conforto do ônibus, que é fantástico, nos permitia descansar muito bem e nos preparar para muito mais emoções. A forma como o roteiro é organizado também possibilita que a gente aproveite mesmo a viagem. A Spazzínitur reserva tempo suficiente para que a gente conheça não só os lugares, mas as suas peculiaridades e possa interagir com os nativos.

O deslocamento terrestre também descortina à nossa frente paisagens, povoados, animais e vegetação típica do interior dos países, que seria impossível conhecer numa viagem aérea. Por viajarmos de ônibus pudemos atravessar o lugar mais seco da terra, o deserto do Atacama e ver a forma como esses povos sobrevivem nesse imenso deserto e tantas curiosidades… O Atacama é um dos melhores lugares no mundo para observar os corpos celestes, pois raramente se formam nuvens nessa localidade. A sua superfície, também, é a que mais se assemelha a Marte. Pensa num lugar inacreditável!


Em resumo, Machu Picchu, passando pela Argentina, Chile e Bolívia é uma viagem que recomendo. Quanta cultura, quantas imagens lindas, quantos lugares fantásticos! Eu já tinha esta impressão que, agora, é uma certeza: uma viagem é sempre o melhor investimento!